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Encontrados microrganismos com capacidade de viver em Marte
Foram descobertos microrganismos capazes de se adaptarem e respirarem o ar marciano. Os biólogos, descobriram que uma das espécies pertencentes ao domínio de Archaea, um ser unicelular, é capaz de respirar livremente, perclorato, composto em cloro e oxigénio, como descoberto anteriormente no planeta Marte. Durante muito tempo a composição do ar marciano, foi considerado como sendo muito tóxico, para uma possível existência de vida. No entanto com esta nova descoberta, tudo se tornou mais claro.
Na verdade, para a maioria dos seres vivos, o perclorato é uma substância bastante tóxica. Ainda assim, foram encontrados colónias de micróbios capazes de utilizar este composto para respirar, organismos estes pertencentes ao grupo Firmicutes e Proteobacteria.
A pesquisa, liderada pelo biólogo Stams Alfons, afirmou que não esperava que este microrganismo encontrado fosse capaz de sobreviver a um clima marciano, pois no seu DNA não há genes para a produção da enzima superóxido dismutase (SOD), que protege as células dos percloratos. Contudo este microrganismo é capaz, de se defender com o uso de enxofre usando-o como um "escudo" impedindo que percloratos destruam as suas proteínas, mantendo assim a composição do seu DNA, conseguindo viver a este inóspito ambiente.
Os biólogos concluem que estes micróbios poderão ter estado na base da vida primordial do nosso planeta. Deste modo, a sua existência poderá comprovar e explicar o facto da atmosfera da Terra numa fase inicial possuir uma grande quantidade de oxigénio, apesar da ausência de plantas.
